A inutilidade dos Exames no conservatório, trabalho em que estou empenhado neste momento, irrita-me. Um simples vilancico que se transcrevesse para notação moderna, na Biblioteca de Évora, era mais útil ao Estado e à Nação, do que um ano inteiro do estúpido trabalho oficial que sou obrigado a fazer.

Luís de Freitas Branco, Diário, 20/07/1935

Retirado do livro Luís de Freitas Branco de Nuno Bettencourt Mendes, Ana Telles e Alexandre Delgado.

A actualidade está nos desabafos que oiço dos meus colegas professores porque não conseguem ser músicos a tempo inteiro e na falta de meios para a investigação musicológica. Mas sobretudo, no desdenho com que estas actividades são ainda hoje vistas e tratadas pelo Estado.