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luz-de-lisboa.jpgO Orçamento Participativo já vai na segunda fase. É uma versão muito básica do que pode e deve ser um orçamento participativo, mas é bem melhor que o vazio anterior.

Algumas das propostas que estão a votação são essenciais para a cidade e tive pena de só poder escolher três. Vão ao site, leiam as propostas apresentadas e que são baseadas em propostas enviadas pelos cidadãos e votem.

Votar em massa é essencial por duas razões: a primeira é a mais óbvia – para se implementar o que nós julgamos mais importante; a segunda – para que não haja dúvidas sobre a necessidade do OP e podermos reivindicar a sua continuação e desenvolvimento.

Tenho visto dois tipos de reacção: os que dizem que vai ficar tudo na mesma e os que depositam uma enorme esperança no novo Presidente dos EUA. E claro, quase por toda a parte aparecem as referências a Martin Luther King e à luta pelos direitos fundamentais ainda tão recente.

Eu não segui a campanha com pormenor e não conheço nem o programa nem a história deste Presidente. Mas sei que hoje se fez História. Não só nos EUA, mas em toda a parte onde haja uma televisão e um  noticiário. Precisamente porque para nós, adultos de hoje, este dia é histórico. Porque  muitos de nós não pensaram ver um Presidente americano negro.

A partir de agora todas as noites nos vai aparecer este homem nas televisões: em discursos, a entrar nas cimeiras e nas reuniões dos organismos internacionais. Nalgumas ocasiões o Mundo vai parar suspenso à espera de uma qualquer decisão (certa ou errada, não sabemos; mas ficaremos em suspenso à espera), que ele vai depois aparecer para anunciar.

Isto é o normal dos Presidentes dos EUA. Todos os dias nos aparecem por uma razão qualquer. Para as crianças pequenas que não tenham memória anterior a este dia, vai ser absolutamente normal e curriqueiro que o Presidente seja um negro. Vão crescer com este homem todos os dias na televisão com a pompa e circunstância inerentes ao cargo, como qualquer Presidente dos EUA. De cada vez que ele aparecer não vai ser “um dia histórico”, vai ser o quotidiano das crianças cuja opinião está agora a formar-se. Daqui a 20 anos, para estas crianças já jovens adultos, nem fará sentido pensar se o candidato é azul ou às bolinhas e não se farão referências a “um dia histórico”.

E isto já é História! A História da mudança das mentalidades!

Auditoria

Que se lixe a troika