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Se fôr ratificado, voltamos a ter um Presidente do Conselho não eleito. Só que em vez de estar em S. Bento vai estar em Bruxelas ou Estrasburgo.

Logo por coincidência, o comentador da noite na Sic Notícias foi o Adriano Moreira. Isso é que foi uma escolha apropriada: afinal, é das pessoas no país que mais sabe sobre Presidentes do Conselho não eleitos…

Achei que esta fotografia era adequada: o Sócrates merece ficar para a posteridade ao lado do Sarkozy. Diz-me com quem andas…

Soube deste site a partir do Arrastão.

O site é multilingue e reúne assinaturas de toda a UE para exigir o referendo em todos os países membros. Parece-me que é a única maneira de fazer política: com as pessoas e para as pessoas!

Para que se saiba exactamente o que está em causa e possa cada cidadão fazer a sua própria reflexão, o mesmo site disponibiliza os documentos oficiais dos tratados todos em causa: o de Nice (que está em vigor), o Tratado Constitucional (que foi vetado em 2005 pelos referendos que se realizaram) e o actual Tratado de Lisboa a ser assinado esta quinta-feira. Contém ainda todos os anexos, declarações à margem e outras aparentes miudezas que na realidade constituem o verdadeiro conteúdo do Tratado (que assim fica dispensado de conter as partes mais difíceis de impôr).

Há ainda documentos de leitura mais simplificada e rápida que fazem a comparação entre estes 3 tratados, o que é muito útil, dado que os tratados (em especial este actual tratado de Lisboa) estão encriptados numa linguagem tão específica e com tantas chamadas, notas de rodapé, citações para anexos e outros textos legislativos, etc., que são difíceis de ler, mesmo para especialistas em direito comunitário. Não é por acaso, obviamente. A ideia é que a população se sinta desencorajada de tentar perceber. O acesso aos textos torna-se assim quase impossível à generalidade da população.

Finalmente, o mais importante é assinar! Exigir o referendo!

Assim sem mais provavelmente poucos saberão quem é. Então e assim?

Este concerto junta os contos do Terry Jones, a música contemporânea portuguesa do Luís Tinoco, o próprio Terry Jones ao vivo e a cores ali mesmo a cinco metros, uma orquestra a tocar (Metropolitana de Lisboa) e o público a rir.

Ah, pois é! Música contemporânea, tutti orquestral e o pessoal a rir que nem uns perdidos! Contado ninguém acredita…
Em Janeiro há novidades!

Sejamos honestos. Ninguém estava realmente à espera que os cúmplices europeus das ditaduras africanas dissessem alguma coisa de importante este fim-de-semana, pois não?
Ninguém achava realmente que a partir deste encontro começasse mesmo uma nova era para África, pois não? E que de repente os interesseiros chupadores europeus passassem realmente à assistência desinteressada?
Não. Desde sempre que a Europa agiu da mesmíssima forma: dá lucro? Bom lucro? Sim? Então não venham com histórias de genocídios e tal que não temos nada a ver com isso.

A única forma desta cimeira ter sido realmente vantajosa para África era, como dizia o Inimigo Público, se tivesse havido novo terramoto em Lisboa.

Eu confesso que tinha uma certa esperança de que algum juiz algures aparecesse de repente com um mandato de captura contra pelo menos algum daqueles tipos. Género Garzón… aproveitando eles estarem em solo europeu.

Depois pensei: bom, talvez ao menos dêem destaque aos governantes africanos dos países democráticos – onde há liberdade, eleições livres, oposição democrática ao governo, mostrando como a Democracia e o Desenvolvimento andam juntos. Sempre é pelo menos o destaque do exemplo positivo…

Parece que afinal tenho que me contentar com os aplausos dirigidos a Mugabe à chegada.

Aparentemente é isto que são hoje os líderes europeus – e nem sequer podemos dar da desculpa de não terem sido eleitos. Não temos rigorosamente nada de que nos orgulhar.

Auditoria

Que se lixe a troika