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O Estado Português (nós) foi (fomos) hoje condenado(s) pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos por uma decisão do Paulo Portas. Teremos (nós todos) que pagar 6000 euros.

A decisão é dele e não foi por falta de manifestações contrárias – não faltou quem lhe dissesse “em meu nome NÃO”. E quem paga agora?

1. quem tomou a decisão?

2. quem votou para a formação do governo e dessa forma legitimou a decisão?

Nada disso. Pagamos todos, mesmo os que nos mexemos para dizer que não queríamos a decisão.

Resumindo, foi um governo de sucesso: o Durão Barroso ganhou Bruxelas, o Portas foi condecorado pelo Bush por altos serviços prestados ao seu governo. Nós pagamos a factura.

E que lições tiramos? Se fôssemos efectivamente criaturas inteligentes, poderíamos confiar que a população aprenderia com os erros. Somando condenação no TEDH + preço dos submarinos + vergonha inominável de termos colaborado com Guantanamo = votar noutro governo para a próxima.

Infelizmente, no entanto, não há dúvida de que quem sucederá ao Sócrates (sem comentários agora, porque não se pode comentar tudo num post só) – este ano ou daqui a quatro – será o PSD e as suas coligações CDS.

P.S. – Quando é que os custos das decisões pessoais dos ministros passam a ser suportados pelos próprios? Não teríamos certamente a mesma gestão ruinosa e as mesmas decisões vergonhosas dos governos (ok, se calhar até falo um bocadinho do Sócrates neste post). Seriam obrigados à responsabilidade. Esta é uma ideia embrionária, mas que me parece que poderia trazer alguma – eu nem me atrevo a pedir Responsabilidade – decência à política portuguesa.

Auditoria

Que se lixe a troika