“Sinais” de Fernando Alves na TSF: ouço quase sempre e há algo que me faz voltar a cada dia. Hoje assino por baixo, palavra por palavra.

Também vi ontem a reportagem de que o Fernando Alves hoje fala e fiquei a pensar precisamente no que ele diz. Depois da “mulher do dicionário” apareceu outra a dizer o mesmo: este ano não há Natal.

Depois ocorreu-me: mas o Natal não é suposto ser o grande motor da economia?
Como é possível que uma economia funcione sem consumidores? Como é que se gere uma empresa sem clientes?
Se não pagam, porque pagam em atraso, porque pagam muito abaixo das necessidades das pessoas, ou porque simplesmente não contratam – e cresce o desemprego – é dinheiro que não anda a circular.
O próprio subsídio de desemprego, se permitir algum desafogo, é dinheiro que circula, que vai exigir maior produção, crescimento das empresas e, portanto, emprego.

Tudo o que não nos pagam é consumo a menos – crescimento a menos – emprego a menos. Já vi muitos modelos económicos a ser discutidos, debatidos com maior ou menor profundidade. Não sendo economista nem sempre percebo tudo.
Uma coisa é certa: nunca vi um modelo económico de onde não constassem Vendas das Empresas (a consumidores, óbvio). Nem os modelos onde tudo é nacionalizado, nem os ultra-liberais onde absolutamente tudo é privado (até as estradas).